quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O enterro do prodígio


Não é bem um fracasso. É a relutante constatação de que não dá mais. Não há mais tempo pra tornar-se notável ainda jovem. O garoto prodígio morre sem ter nascido: fora sonhado e vivera sob a suposta incompreensão do mundo, perdido num espaço onde o irreal potencializa talentos inalcançaveis. É preciso renovar os planos de um futuro. Encontrar novos pretextos para pensá-lo promissor. À medida que a precocidade vai sumindo, há de se transferir a esperança aos feitos adultos. Uma boa experiência profissional poderia substituir o sentimento de realização inviabilizado pela adolescência comum. Mais tarde virão herdeiros para novamente justificar a impregnação da noção de vitória. O que não pude ser, meu filho será. Virá ao mundo como vítima da cobrança de seu próprio pai. Sob a máscara sincera de uma boa educação, será moldado desde criança. Falará inglês pra que não corra o risco de não compreender muita coisa boa que há por aí. Estudará música antes de pensar em fazer barulho com um violão. Tudo emoldurado pela idéia de "prepará-lo melhor para o mundo": pra sua crueldade travestida pelo tom sadio que a palavra "competição" imprime à essa bagunça humana. Uma tolice tremenda, mas que de algum modo nos acompanha: conquistar prestígio. Ser melhor que esse ou aquele... nisso ou naquilo. Pra minha tristeza, careço de impulsos. O oxigênio sofre suas mutações etárias, mas a necessidade de respirar persiste.

Quão natural seria colher da vida apenas seus prazeres, sem pensar em legados! Mas a vocês não parece uma relação parasita demais? Tiramos dos artistas nossos maiores deleites. Muitos não viveriam sem música, sem cinema, sem literatura. A obra dos outros nos mantém. E o que fazemos? Trabalhamos vendendo aparelhos que reproduzam música alheia; em locadoras promovendo filmes "imperdíveis"; em feiras do livro... vendendo livros. Será que o "dom" realmente é restrito a uma pequena parcela dos seres humanos? Você é daqueles que acreditam que alguém nasceu com o talento pra criar coisas belas e outro alguém possui a inclinação congênita para catalogar peças de um acervo político? Há PESSOAS e pessoas? talvez sim. O transcorrer do tempo me tem feito desistir da busca de um fim em mim mesmo. Uma resignação quase que imposta. Quando nos deparamos com o "curriculum" daqueles que admiramos, vemos quanto foi precoce a constatação de seus dotes. Não é mais possível ser um grande jogador de futebol; não se pode mais compor algo como "Sabiá"* aos 21 anos; nem escrever Queda que as mulheres têm para os tolos** também aos 21. É a famosa crise dos 21. Chegar aos 21 e não ter feito nada disso! ah! "Você ainda é novo...".

Eu sou adepto do fracasso. Da consciência dos dias passados, que é mais forte do que a esperança pelos que hão de vir. Uma abordagem cética? Hoje, sim. Hoje eu me rendo à mediocridade sem considerá-la a pior das coisas. Digestão incômoda. Escrevo pra legitimar a desistência em palavras. E, na verdade, isso é meio pedante. Dá a impressão de que fico sempre me auto-decapitando para suscitar nos outros uma reação de resgate de minha auto-estima. Se publico, oras, é porque vejo sim alguma importância. No entanto, faço do texto uma total expressão do que considero ser minha existência mediana. Entende? É um lance contraditório: eu mesmo me culpo. Mas não é depressivo, como a capa pode sugerir. É uma tristeza de caráter: enraizada, até normal.

Declaro minha impotência frente aos desafios todos. Chego num momento em que minhas forças perdem muito de seu altruísmo. Migram pro lado de cá. Se não há nada muito complexo a oferecer ao mundo, que me seja facultado o direito do desfrute "egoísta". Que sejam abolidas as noções de trivialidade, banalidade, superficialidade: tudo é lícito e bem-vindo na festa da vida. Foi-se o mocinho. (pensou em "veio o vilão"? essa era a isca. Pra mais nada serviu o "foi-se o mocinho"...rs) Todas essas comparações o fizeram perecer.

BREQUE. Esse último parágrafo foi uma piadinha de mau gosto. Uma brincadeirinha. Uma vã tentativa de prolongar um assunto que se esgotou. Essa baboseira de "impotência" e tudo o mais são falsos. Embora eu realmente ache que meus tempos de prodígio se foram; a despeito de eu achar também que nunca terei sucesso em minhas empreitadas artísticas, ainda há a chance da rosa nascer no asfalto. Existe a motivação de escrever no blog (e isso é mais estranho do que qualquer outra coisa, pois amanhã sempre odeio o que escrevo hoje, mas depois de amanhã volto a escrever); a busca incessante de uma composição (que há de sair!): aquele quezinho de fôlego que equilibra e torna melhor o ato de viver. Têm razão aqueles que não esperam de mim nada de "especial"; nada além do comum. Que fique claro, no entanto, que isso não abafará meu desejo de surpreendê-los.

Sentem-se.


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*música que Chico compôs com Tom aos 21 anos.
**obra de machado de assis escrita também aos 21 (pra completar a dupla e gerar sua inquietação: "ah, ele quer mostrar que conhece chico buarque e machado de assis...se acha cult")

Sugestão de tema: Sr. Molina, após ver uma matéria que falava sobre um garoto de 20 anos que dirigiu (ou escreveu) um filme super bacana. Isso foi trágico para o gustavo, já que ele já beira os 23 e "nada fez". "Um bom tema pra vc escrever no seu blog".

20 comentários:

Anônimo disse...

Isso é bom... vc já descobriu que não é Chico e nem Machado... Considerou que talvez não entre para a história como um prodígio...

Mas afinal, quem é Noubar Jr.?! O que fala em VOCÊ? Quer externar arte? Tenha arte dentro de si...
Quer compôr algo? Possua os elementos q farão PARTE do TODO... SEJA os elementos...

Quer sucesso?! Faça uma proposição e seja fiel a ela...

Quer TAMANHO?! Faça uma PROPOSIÇÃO e seja FIEL a ela...

Noubar Sarkissian Junior disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

É o melhor de todos os seus textos... Junto com o da sua avó.

Vou ter que comentar depois de ler de novo.

Mas quero que fique registrado que eu já li! E que eu acho vc o sócio mais genial que alguém pode ter.

Beijão

Carol

Anônimo disse...

Que é isso, se pá nem foi o Coa quem escreveu...
Pelo menos não parece, e nem está assinado...
E o Coa é um cara gente boa sim!
Não desanima não Noubar, seus textos são bem bacanas!

Anônimo disse...

Poxa Bita quem ja não passou por essa reflexão um dia, como a Carol disse eu também vou comentar após ler novamente seu texto. Mas fica aqui registrado que eu espero muito de você, pois vc tem muito talento.

Bjs e espero nos encontrar no fim do ano.

Dani disse...

Sei lá quem é o bêbado..e isso não interessa também...

O que importa é que você escreve como gente grande...e é jovem ainda...e, apesar de ultimamente eu não acreditar muito nisso, ainda dá tempo de muita coisa. Veja pelo Finazzi, né? foi engenheiro pra depois virar jogador de futebol, e pelo curintia ainda!
Tem tanta gente começando depois de velho...ainda mais agora que, se os dados do IBGE se confirmarem, viveremos muito mais que nossos bisavós.
O querido porteiro do meu ex-colégio terminou o primeiro ano em direito...ele ainda pretende mudar pra psicologia, pois não consegue defender aquilo que não acredita.
Veja na política, então a melhor parte vem depois dos 40. Vai dizer que não é uma arte? E não costumamos dizer que os livros da fase mais madura dos autores são os melhores? Helena ou Memórias póstumas? Construção veio quando o Chico tinha 27, mas quantos outros discos bons ele não lançou depois?
Acredito que você seja como os vinhos! Só precisa continuar escrevendo...quem sabe depois de história não resolva fazer jornalismo?

Anônimo disse...

E vc assim escreve tão bem numa última tentativa de ver o sucesso através da publicação de suas crônicas?? Eu apoio! Se bem que estamos a falar de outra mídia...já está publicado, e já tem a glória.

Anônimo disse...

É a melhor crônica até aqui, das que você escreveu... com certeza!
Tudo a ver comigo e com a fase de minhas atuais reflexões pessoais...

Alex

Noubar Sarkissian Junior disse...

UMA RETRATAÇÃO: o Coa me ligou há pouco e disse que nem tem entrado no blog nesses últimos dias.

EU ERREI FEIO, então. Não devia ter me preciptado. De verdade, mal ae, cara. Não há justificativa suficiente, mas enfim: mal, mal. Valeu por ter ligado. eu excluí o comentário feito por mim mesmo, e reproduzo aqui os trechos genéricos, destinados SOMENTE AO ANÔNIMO:

"Bêbado

não sei o que se passa contigo, mas sua postura me causa asco. Dessa vez vc nem esperou o texto ser "divulgado". Vigiou essa página esperando pra dar a porrada.

Fica sempre na superfície, procurando aspectos que possam ser ridicularizados. é óbvio que eu não tenho (nem tive) a pretensão de entrar pra história: que ela se dane. eu apenas expus algo que imaginei estar presente em muita gente além de mim: a sensação de que não temos nada "de mais".

não desvirtue as coisas.

Aliás, não precisa mais se incomodar em vigiar essa página: não perca seu tempo, "afinal, quem é Noubar Jr?", não é mesmo.

Não me interessam suas intenções, e não entendo o que faz por aqui. Se quer desistimular, saiba que obtém sucesso, mas muito mais pela falta de sentido de suas críticas brutais. Surpreende..

sucesso, tamanho: não é questão de querer. eu justamente critiquei a busca desenfreada por sucesso. acho-a tola, mas admito que o reconhecimento dos outros é importante sim. Gostamos da lisonja, mesmo quando gratuita.

Quanto a fazer uma proposição e ser fiel a ela: que bosta. sei lá o que vc quer dizer com isso: que bosta.

Que bosta.

Anônimo disse...

meu caro Noubar... jah faz tempo que a gente não se encontra, talvez só o ano que vem...
mas não pereça frente a noção do fracasso ou do que poderia termos sido. Ainda acho que somos priviliegiados, pois pensamos e reletimos sobre esse fracasso ou o talento que não rendeu os frutos.
particuarmente acho que não devo nada a maioria dos nossos herois, admrios alguns, admiro mais ainda aqueles com os quais convivo...

Camila de Sá disse...

Noubar!
Novamente me surpreendendo... como não esperar algo especial do autor de um texto inquietante como esse?
E não me decepcionei uma vez sequer, ao contrário, como já disse, alguns deles até superaram minhas expectativas, que não são poucas, textos como esse e o dos fones de ouvido na avenida. Já impressos, ficarão guardados até que os possa mostrar aos meus filhos... nesse caso, não para de instigá-los a escrever de pronto (apesar de que eles, fatalmente, passariam a olhar as palavras de um modo especial), cobrando-lhes a realização de algo que almejei para mim, mas fundamentalmente pois isso aqui revela muito talento e os surpreenderia saber que algo desse nível se construiu nos dispersivos ares da juventude (já que, para mim, esta é uma época em que se descobre o mundo em suas infinitas possibilidades de atuação e é muito fácil perder-se nesse mar de olhos).

É, já me prolonguei muito, no entanto, não posso deixar de registrar o quanto gostei da majestosa passagem: "o oxigênio sofre suas mutações etárias, mas a necessidade de respirar persiste".
Parabéns.

Unknown disse...

Hey,agora quem vos escreve é o COA!

Realmente fazia um tempinho que não lia seus textos cara! Mais em virtude dos afazeres da faculdade e do trampo. Relaxa MAN! Não tem do que se desculpar...

Peço desculpas atencipadamente pela minha falta de habilidade, prolixidade, e coerência do comentário que irei fazer.

Hehehehehe, achei muito engraçado seu texto. Não por suas constatações, por suas percepções ou por sua crítica, achei engraçado pela ironia da situação. Você discutindo uma angustiante situação de querer produzir, fazer algo bacana que te dê orgulho e algum reconhecimento, percebendo que a inevitabilidade das necessidades mais urgentes da vida vai submergindo seus sonhos e construindo no lugar uma realidade de expectativas e realizações que não correspodem àquilo que você buscava efetuar, o faz de tal forma que meio que contradiz a razão da sua angústia.
Você constrói um texto de refinado humor que parte de percepções íntimas da sua angústia, ou seja, falando a si mesmo, constrói de forma poética uma bela exposição que, praticamente sem intenção, se comunica diretamente com o íntimo de qualquer pessoa que o lê.

É engraçado por isso. Aquilo que caracterizou M. de Assis, C. Buarque e outros grandes, foi essa capacidade de que construir algo que dialoga com o íntimo de qq ser humano em qq lugar do mundo. Algo que conversa com o espírito, cria, trás sentimentos. Isso é que caracteriza os clássicos da literatura, música, etc...e é isso que seus textos têm feito até então.

Eu não elogio homem, então considere esta apenas uma constatação!

Hehehehe, pra ser sincero até gostei da confusão referente a autoria do primeiro post. Gostei de ser lembrado (ego).

Att. COA

Anônimo disse...

Não... não quis ridicularizar. Volto pq não pretendi seu asco.

Não foi uma mensagem a vc... foi o resumo do q entendi do seu texto... talvez com a pontuação correta melhore a compreensão.

Mas afinal, quem é Noubar Jr.?!

(O que entendi do q Noubar Jr. disse em seu texto):

- "O que fala em VOCÊ? Quer externar arte? Tenha arte dentro de si..."

- "Quer compôr algo? Possua os elementos q farão PARTE do TODO... SEJA os elementos... busque-os dentro de si"

-"Quer sucesso?! Faça uma proposição e seja fiel a ela..." (Quer o sucesso efêmero e pequeno.. faça uma proposição pequena e siga-a)

"Quer TAMANHO?! Faça uma PROPOSIÇÃO e seja FIEL a ela..." (Como o de Chico ou Machado... faça uma grande proposição... vinda da alma... não planejada... e siga-a)

Não foi minha intenção desmotivá-lo... pelo contrario... reconheci no seu texto elementos profundos daquilo q acredito como verdade.

Me desculpe a falta de jeito em escrever... fui querer fazer poesia e fiz uma bosta de prosa...

Anônimo disse...

Nubita! jesusapaguealuz! hahaha. ai ai...

diri disse...

Parcerão! Tenho algumas idéias e alguns exemplos. Logo você os saberá.
A sua função no grupo se delineia claramente: o eixo das idéias. O sujeito que escreve e com isso inspira os outros.

Noubar Sarkissian Junior disse...

Uma situação constrangedora. Você, bêbado, certamente me desconsertou.

digo, agora acho que suas intenções não eram ruins mesmo, mas apenas traduziam a repercussão que o texto teve em ti.

Sei lá, isso aqui se propõe a ser democrático (embora eu não saiba exatamente o que isso quer dizer), mas o postar anônimo não me deixa a alternativa de responder por email, e aí eu acabo caindo em armadilhas feitas por mim mesmo: pela tal da "emoção".

Eu fui preciptado duas vezes: ao nomear o Coa e ao rebater suas palavras com a faca entre os dentes. Isso é até bom pra que a parcialidade de um blog seja esclarecida: de um modo ou de outro, apesar da permissão do anonimato, eu tenho alguns privilégios, como o de moderar os comentários.

A dani havia me alertado sobre a possibilidade de eu estar julgando equivocadamente seu comentário: eu persisti. Não sei quem vc é, nem quero deixar aqui uma imagem de "bonzinho", mas...sei lá, foi mal também. fui arbitrário. Humanamente arbitrário (e que isso não sirva de justificativa, mas é o que é).

Se eu me proponho a me expor com o blog, nada mais justo do que receber as impressões das pessoas: boas ou más.

No fim das contas, eu mesmo é que me ridicularizei: banquei um "duelo" inexistente. gostei (gostei mesmo: foi oportuna e saudável) de sua ironia quanto ao "que bosta". Tem razão: eu usei palavras que não gostaria de ver dirigidas a mim...outro erro.

volte aqui, quando quiser. às pessoas que lêem isso aqui, desculpas pela confusão toda. (como diz a carol: ao menos "rende"!)
Sigamos!

Unknown disse...

Então, fazendo como uspiano e ignorando toda a treta rolando ao redor, vou comentar dum jeito curitnho só o texto:
Mesmo a grande e bela arte é meio besta no fim das contas cara. Já parou pra pensar? Vc fala um pouco disso no seu texto, mas se aprofunde nisso - pense que vc vendesse coisas dessas grandes obras em massa, fora de contexto, pra um monte de gente mais interessada em parecer ser do que em ser, e vendesse todo o seu pretendido (e falso) refino cultural/etc pra dourar a pilula, puxando o saco de clientes pra ganhar uma grana? Numa livraria, as grandes obras estão misturadas dum jeito quase patético com os 'Comer, Rezar, Amar' da vida, e a coisa intimista e foda de (presumir) saber apreciar arte é prostituida por dinheiro a cada minuto.

Anônimo disse...

Cara assim como o Erick, estou um tanto afastado, consegui ontem finalizar o semestre entregando meu trabalho para o Nicolau, de costume, atrasado, mas enfim somente agora pude ver seu blog.
Cara é muito bom ler seus textos. A Bárbara tb gostou, acho que conquistou mais um fã.
Ser o que na vida? Sempre penso nisso, quando vou deixar de ser barco a vela a seguir o caminho dos ventos e do mar e ser barco a motor traçando meu próprio destino?
Sei lá, as vezes me soa como prepotência, mas me sinto inutilizando o melhor de mim, sem conseguir me potencializar ao máximo. Embora possa parecer uma sessão de psicanálise, seu texto chegou no espaço seguro de muita gente, aquele que a gente esconde, onde ficam as frustações e os sonhos não realizados.
E acho melhor não tentar remediar tais sentimentos com promessas vãs, mais sentir bem o que se sente. Ao menos é assim que levo. Apesar das dificuldades, estou feliz nesse semestre, não pelas notas que tirei da faculdade, mas pelo esforço que foi chegar até aqui.
Chegamos no 4º ano!!!

Noubar Sarkissian Junior disse...

Vamos lá. Que isso não pareça uma consultoria. Muito menos uma prestação de contas que visa a soar como um "volte sempre". Não é isso. è, sim, fruto da repercussão que os comentários alcançam. como alguém já disse, eles são novos textos, pra além de meros complementos. é uma força que me leva a dizer que estou lendo, e que têm sido ótimas as participações. quando não vai por email, vai por aqui:

Miragaia, acabamos nos vendo, hein! Nos extras e habib's da vida...e nas dicas furadas do Breno!

camila, isso de imprimir me deixa pra lá de feliz! Que carinho! quanto ao lance dos filhos, foi mais em tom de alerta, pra que pensemos que "o melhor" pra eles está sempre por trás do que Nós achamos melhor. Mas, no fim, no início não deve haver outro jeito. antes de dar-lhes a liberdade de escolha, temos de mostrar-lhes o que é escolher. beijos!

Coa, vc disse coisas bastantes condizentes com o texto. Captou muito bem a contradição do que estava em jogo: e daí vem o caráter comico de algumas passagens...são engraçadas porque se contradizem. Também não sei se há intenção, pois eu tenho um sério problema com meus textos: publico-os de súbito, logo após ter escrito...com os dias passando, eu vou ficando avesso ao modo como me expressei, mas aí já era. Disso decorrem as incertezas quanto minhas próprias intenções, quando da escrita...rs

Carol, que negócio é esse de "jesusapaguealuz"? hauhsuahs

Jp, aguardo ansiosamente os tais exemplos, meu caro! (e valeu pelos elogios, embora eu não ache que funcione como um eixo: longe disso. Quando eu olho pro início desse blog, vejo a brutal diferença entre os textos e, principalmente, entre as participações em comentários. e acho que isso se deve mais a coisas como: uma vontade de estar junto nesse fim de curso (pensando na galera da facul); ao fato de eu estar divulgando mais; à confusão de minha idéias, que as vezes bate com a confusão de muita gente; e, claro, a melhoria da qualidade dos textos, que se dá muito pela sensação de que alguém lerá...cria uma certa responsabilidade: dá prazer. Enfim, tudo isso pra dizer que eu não sei bem o que esse espaço representa a vocês, mas pra mim ele vem cumprindo um papel legal, de encontro. só um eixo na medida em que é uma iniciativa de exposição de confusões que poderiam vir de qualquer um de nós.) grande abraço!

Jd, é isso mesmo: ela é meio besta (até a grande arte), mas porque ganha dimensões que extrapolam seu universo de concepção...ganha novos sentidos, como esse do simples status que ela pode suscitar dentro de um grupo de pretensos intelectuais (não me excluo disso! rs)...e é óbvio que eu não quis ofender quem trabalha vendendo arte: quis mesmo foi ponderar essa relação, que pode mascarar talentos justamente no momento em que consagra outros. O cara que cataloga peças num acervo sou eu mesmo. o intuito foi mostrar a vontade de estar do outro lado, de não se sentir sub-aproveitado!

Ruivo, é mais ou menos o que eu disse ao jd: não vejo nenhuma prepotência em sentir nossas capacidades inutilizadas...porque é isso mesmo. Daí a jogar tudo pro alto, é bem diferente...inclui outras escolhas. Mas que isso não impeça tudo, também. Valeu pela força: sua e da Bárbara! abração!

"cara bacana", sabemos quem tu és! rs

diri disse...

Fiz minha contrapartida! Dá um pulo lá!