quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Natal...


Esse blog anda desativado. Não por culpa minha, mas do natal. Eu tenho me ocupado, nos últimos dias (meses? anos!!?), em esperar pelo natal. Sempre comemorei os natais...as pessoas gostam dele, também. Onde você vai passar esse natal? Com a família? com os amigos? Tomara que não seja uma chatice. Porque geralmente é. Tempo de natal é tempo de amigo secreto, ou seja: de trocar presentes com pessoas muitas vezes indesejáveis...ainda mais aqueles amigos-secretos de empresas, tal. Ainda bem que não trabalho, portanto desse tipo escapei. Mas as pessoas também gostam de amigos ocultos. E de natal. Porque no natal nasceu o tal do Jesus. E já faz 2007 anos: tempo pra burro, meu! Ele sim é o velhinho do natal...o bom velho Jesus. Claro, porque ele não morreu, óbvio. Não tem mais aquele físico sarado e aquela barba espessa e negra: já é o maior dos anciãos (ões?) e cultiva a barba mais branca das brancas, talvez transparente. Tanto não morreu, que as pessoas falam com ele! É, mano, direto! Ouvem a palavra dele e do pai dele...e ofertam a ele todas as boas coisas da vida. Jesus é o cara! Nós sempre comemoramos o aniversário dele. O natal. Cristãos e ateus (vc é ateu????? nossa...). De um modo ou de outro, estarei numa ceia de natal por aí, comemorando os mais de dois séculos do velhinho Jesus. Que não morre.

Feliz Dia 17/12/2007, que é quando escrevo isso!

E tenha uma próspera terça-feira (!!!), que é amanhã! E é dia de fazer o último trabalho da facul!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

"BAIXIO DAS BESTAS"


Várias situações me causam medo. Um temor à humanidade. A mim mesmo, na verdade. Após assistir ao soco no esôfago que é "Baixio das Bestas", filme de Claudio de Assis, sinto asco de todos nós. Como o ser humano é torpe. Tendo como cerne a produção de uma prostituta, que não vê outra solução a não ser essa trazida pela maré fantasma do sertão nordestino, o filme mostra a vergonhosa impunidade aos "agroboys" que têm como limite a morte e a violência destinada a mulher. E mais violência. Um estupro de violência. Falo sob efeito de hipnose que já dura dois dias, ou seja, desde que os créditos subiram. Foi preciso um alerta da arte pra que eu ao menos refletisse acerca de nossa maldade. E nem consigo dizer que não gosto dessa dicotomia bem/mal. Sim, não gosto, claro. Mas o que atinge à menina de 16 anos levada pelo pai-avô ao abuso sexual só pode ser maldade. E a pior.


Queria ter mais ânimo pra procurar minha coragem. Encontrar meios de intervir nisso tudo. Deve ter algo a fazer, além de recomendar o filme pra um ou outro. Ficar aqui em casa, buscando solidão, escrevendo e pensando se vou ou não pra aula não resolve nada. Aliás, só pra que esse texto não pareça coerente e uno, vai uma pergunta: você, que provavelmente é única pessoa a ler isso, se anima ou desanima quando vê que as pessoas são melhores que você, seja em qualquer atividade? Exemplo: você quer escrever algo, fica pensando muito, buscando palavras e resolve passar por uns blogs. Lê neles coisas que sabe que não conseguiria escrever e percebe que não passa de um medíocre. Ainda assim, teima em continuar? Eu titubeio.


Assistam ao filme.


quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Também sem um bom título


Dia desses pulei em uns blogs de universitários como eu. Pessoas que também têm o hábito de escrever algo. Uns com aspecto de diário, outros com cara de reflexões literárias. Chocante ver quantas semelhanças estão por aí, perdidas, sozinhas. A vida é mesmo uma seleção injusta de relações. Os limites geográficos ainda dificultam, mesmo que menos, o encontro de afinidades. Em casos de extrema falta de sociabilidade, como o meu, tudo é ainda mais complicado. Eu já nem sei porque mantenho esse blog. Além de pouquíssimo visitado, ele é totalmente inconstante. Não há recompensa pra quem insistir em passar nele. Textos como este são nada mais que uma prevenção às teias de aranha. Muito mofo, tudo isso. Qual sua expectativa pro final de ano? AS minhas são diversas: aguardar as comemorações de aniversário de namoro, lidar bem com a divisão faculdade-conservatório, procurar dias mais cheios que o de hoje, convencer-me de que não sou tão árido assim, comemorar mais um título brasileiro, e compor uma música que agrade a alguém. Somos assim mesmo,né? Provisórios...queremos mesmo é torcer por um futuro bom.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Antes de ir pra aula do Zeron

Metamorfose meio tardia a minha. Despertar para o conhecimento de coisas novas no ramo que me apaixona:a música. Quanto tempo não perdi deixando de ouvir sons de outros lugares? Seguramente, bastante. Ontem e hoje foram dias de buscas por aqui. Baseadas em indicações, e em convenções daquilo que costumam gostar os que gostam de lances parecidos com os meus.
Pausa para atender ao telefone.
Do que eu falava? Interferências do mundo moderno, contraditório. Se no século XIX não haviam telefone, televisor, internet, pra tomar tempo de um Dostoievski, também não havia meios como um blog pra que ele divulgasse suas tensões. Já pensaram no barbudo em depressão, reclamando do caos da cidade? Seria hilário encontrá-lo num ônibus lotado, com um ipod, ouvindo Los Hermanos. Todos têm barba. No mais, uns falam que LH é som de depressivo.
Voltando às viagens em busca do som imperfeito, digo que Toranja é do caralho! Quem não conhece, procura lá...é uma banda portuguesa. Nessa bagunça toda da música, eu quero mesmo é compor minhas paradas, fazer um som quase próprio. Cobre-me, Dani, que eu te ouço.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

(in) Inspiração

Falta a sensibilidade de quem vê uma imagem e sente sua mente sendo violada por um texto. Não há o sagrado momento da luz que chega e sintetiza emoções em palavras. Queria eu ser uma carta, pra ser levado de outros a outros. Poupar-me-ia da intermediação. Sigo aguardando algo que me leve a escrever outro algo. Isso não está abandonado, mas fracassado.
Aqui.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Sobre eles, vagabundos!


Lembro-me bem de um tema de redação da unicamp que questionava: "o trabalho enobrece o homem?" Ah, meus maus tempos de ser posto a prova. Não que isso tenha cessado nem que vá acabar um dia, mas, deixemos pra lá! Voltemos à redação da unicamp. Nela, por sinal, eu não poderia ter usado vários termos já empregados nessa: formalidades. Pois bem, essa perguntazinha a aqual eu respondia quase que automaticamente - "Claro, ué...não é? isso...claro" - desestabilizou minhas idéias naquele momento. Hoje, sinto-as ainda mais contraditórias e retóricas.

Sabe o que é parar de trabalhar quando se tem quase 20 anos? Digo, depois de ter trabalhado assalariadamente desde os 14? Imagine, todos conseguimos. Decidi por isso e, atente, "decidir" é muito pesado pra essa construção. Afinal, pra deixar o serviço e viver só estudando, há de se ter alguém que o sustente. Portante, decidimos. Apresentei intenções: acataram. Duro é, mas não posso dizer que "é mais difícil pra mim que pro meu pai". Não é. As duas da tarde, ele anda por aí fazendo entregas. Eu? Faço isso.

Saio pra ir à faculdade e à ULM e divido meu espaço com milhares de pessoas, que sobrevivem nesse caos e têm suas atividades: professores, executivos, industriários, comerciários, armários. Mochila nas costas, e vou-me para os outros cantos da cidade estudar. Mesmo quando é as 8 da manhã, é música. E é nisso que eu tentei chegar. Explico: o que pensaria eu se, indo trabalhar 8 horas por dia, cruzasse com o estudante de violão que acha a música um meio de vida? Se na faculdade de História já não há muita credibilidade, imagine na música? Sendo ela "popular", então, é exagero. Ficar tocando "samba" em horário comercial não é aturável. Também componho a sociedade...corroboro parte de seus julgamentos.

Tudo o que eu disse e pouco direi nesse texto, tem a ver com a opinião de um músico e historiador - o Marco Prado -. Conhecendo a história, sabemos que a música sempre foi tarefa menor. Mesmo quando virtuosos consagrados, os profissionais da música são questionados: "Além de tocar, você trabalha?" Isso não é trabalho. Quando parece ser, é feito para a diversão de outros. Talvez um dia eu descubra se minha decisão foi acertada. Uma coisa é inegável: falam que músico é vagabundo. Não me indigno com isso (nem músico ainda sou). Ao contrário: concordo. Vagabundos... é isso mesmo.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Deslocamento


Voluntário, involuntário, solitário, febril, egoísta, pessimista, tudo isso, muito mais que isso, tudo eu. Hoje eu quis mudar essa droga de orkut, mas não sei de que jeito. Aliás, não é droga: gosto disso. Nisso, fujo daquilo. Daquela vida. Pensando dá pra ver que nem verme sou. Ou, se sou, sou um verme inseguro. Alguém que tenta contornar duelos entre a razão e o sentimento. Sabe que aquela deve prevalecer, mas sangra. Pensar não quero mais não. Melhor esperar e me preparar. Ou não me preparar. Nem cogitar. Sem falar pra calar. Sem julgar...pra dormir.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Quantas férias!



Hoje foi daqueles dias do tempo de pré-adolescente, quando eu ainda não trabalhava e as férias escolares eram tempo de não se fazer nada. No máximo, um futebol no quintal ou um campeonato de wining eleven. Hoje foi assim, sem nada. O pior é eu não ter talento pra dormir muito. Mesmo em dias repletos de vazio, acordo cedo. Pique pra tocar violão eu tenho, mas acaba. Sede de leitura, também. Acaba. E então? Então sou obrigado a pensar. Imagine, em nossos dias! Fantasiar sobre meu poder de reclamação com a vida; vislumbrar viagens por ao a fora pra conhecer alguma outra cultura. Sabe aquela viagem pra Argentina que a galera da Usp fez no ano passado? Aquilo! Ainda virão as minhas! Se! Fazia tempo que eu não ficava cinco dias longe de minha menina. Esse lapso me valeu mesmo foi pra mensurar o “fermento do amor” difundido pelo Felipe. Aliás, Felipe que me lê! Ele e o Marcos! Valeu, viu? Pois sim! Eu falava? Sim, do quanto é insólito pensar muito. Dá vontade de sair correndo pra fugir da mente. Tudo passa a ter sentido e a não ter ao mesmo tempo. Sei lá. Só é certo que vou pra Bragança nesse fds prolongado. Lá, no sítio, onde não há nada. Onde surgiu a loucura de pegar o violão e ir pra São Carlos conhecer a até então amiga Daniela. Oito meses se passaram e ainda não entendo como tive coragem de fazer aquilo. Fico comprometido a contar, qualquer dia desses, a verdadeira história do meu encontro com a Dani. Aquela de show, nascida pra não chocar a sogra, já não vale de nada. Depois te conto! Amanhã é dia de hoje! Absolutamente nada programado. Mais umas 40 ou 50 páginas do “Crime e Castigo”, algumas horas de Violão e outras dessas bacanas, pensantes, vaiajantes, férias...

domingo, 24 de junho de 2007

Datas queridas


Prometa-me uma coisa: se tiver a paciência de ler, leia os dois.

Nesta data querida...(17/06/06)

Na véspera de um aniversário, me deparo com a ausência daquele estímulo natural dos que completam mais um ano. A ansiedade característica das debutantes e dos meninos que vislumbram a maioridade. Meus dezoitos anos chegaram de mansinho, e passaram sem que eu notasse. Há algo pra comemorar? Não sei. Aliás, essa é a “imagem recuperada” do ano que passou: não sei.As dúvidas me perseguem. Fui ingênuo quando, ao entrar na faculdade, pensei estar com o futuro encaminhado. Ao contrário, a indecisão só fez aumentar. Por causa dela é que eu não planejo mais nada. Vou vivendo, sobrevivendo e revivendo. Revivendo a fase em que eu me senti mais feliz: a parcela musical de minhas experiências. Mesmo “sem dar futuro”, me apraz. A literatura também. A usp ainda me traz alguns benefícios, por isso, viajo a ela algumas vezes por mês. O ambiente, salvo grandes exceções, me é inóspito, infelizmente. Eu também não ajudo a torná-lo melhor. Devem me achar um cara estranhíssimo, talvez com alguma razão.Enfim, não peço muitos anos de vida, mas os quero bons, cada vez melhores. Quem sabe no ano que vem, nesta data que devia ser querida, eu comemore com você, moça. Meus Parabéns!

Nesta data querida (2) (23/06/07)

Muito tempo se foi desde o texto anterior. Será mesmo que vivi grandes mudanças? Boa parte de minha indecisão, senão toda, permanece aqui. È fato que consegui aproveitar um pouco mais das coisas que tentei estudar. Alcancei um mínimo de liberdade de pensamento. Hoje estou novamente tocando violão com alguma disciplina. Pra quê? Ao menos pra aborrecer e fazer barulho lá em casa, serve! E, nas reuniões pra família, ouvir um : “toca aquela que a mamãe (vó) gosta...” Se eu perguntar o nome, nem mesmo sabem. No trabalho, nada. Não possuo mais uma ocupação válida. Tiro do suor e da velhice de meu pai, meus caprichos. Altamente transformados, de oito meses pra cá. A “moça” do ano passado agora é real. Viajar é preciso. Não há mais do que me queixar e reclamar: tive um bom emprego (abandonei), estou em escolas públicas, tenho a namorada que desejei. O que ainda me traz tristeza? É complicado saber quando serei maduro o bastante pra fugir do meu “eu sozinho”. Conviver é difícil. Eita cara que não sabe se relacionar! Nem com as palavras tenho tido entendimento. Acompanham-me na greve que meu cérebro impõe. Meu aniversário passou. Dois amigos se lembraram (foram avisados). Eu também não lembraria de mim, se não fosse eu mesmo. Vinte anos, tá.

quarta-feira, 2 de maio de 2007


Domingo




Um dia de domingo qualquer é o que estou sendo. Um domingo daqueles tempos em que eu não tinha ninguém. Domingo a tarde. Sem jogo do São Paulo na tv. Sem futebol com os amigos que não sabem jogar. Só. Com o violão, que geralmente soa baixo e vive com as cordas gastas. Quase isso é o que sou nesse momento. “Nesse momento” não quer dizer “nesses tempos”, mas sim nesse Agora. Isso: agora, 00:36 h do dia 3 de maio. Nunca imaginei me sentir como um domingo, ainda mais nas quintas-feiras que parecem quartas, por eu não ter dormido. Frente a uma total solidão, liguei para Ela, no cruel intuito de acordá-la...mas não tive sucesso. Que minha linda durma bem! Sem nenhuma condição de avaliar a mim mesmo, pergunto por que não consigo me satisfazer com a vida que tenho. Tempos atrás, faltava alguém ao meu lado. Hoje, falta não sei mais o quê. Falta algo que me faça dormir nas horas “certas”,que me carregue à faculdade nos dias em que tenho aula, que me direcione para os livros que preciso ler, não aos que gosto. Que estranho, aliás. Por que leio geralmente o que não gosto? Como eu disse, falta alguma coisa que me torne normal. Sabe essa história de Deus e tal? Pois é, talvez seja melhor acreditar. As pessoas confiam realmente nele. É bem mais fácil aceitar o mundo quando pensamos que ele é manipulado por um ser anônimo, chamado de senhor. Desculpe-me: Senhor, com “s” maiúsculo. Pois bem, histórias! Pior mesmo sou eu! Que fico aqui, no silêncio, com cabelo todo e barba limite, tendo girar o ponteiro do relógio e acabar logo com essa sensação de domingo a tarde. Pensando bem (ou mal?), antes estar domingo do que segunda de manhã. Ou melhor, para mim, que carrego a vergonha de ter abandonado o emprego, tanto faz. Resguardo-me na desculpa: “sou estudante...estudo História e Música...” histórias! Antes fosse isso mesmo. Um tremendo picareta! Duvida? Não, né? rs...sei que não. Ê, domingo tedioso. Sem corrida nem jogo. Me acorde as 7 de amanhã? Sem motivo. Me acorde, assim, do nada. Se, em algum momento, sentir-se só e virar um mero domingo, liga pra mim que eu te entendo (de domingo a ligação é mais barata!)...eu converso com você, ta? 00:57 h.

quinta-feira, 26 de abril de 2007


Em tempos de robô


É nos quinze minutos que enrolo (rolo) na cama depois de ser acordado que descanso mais. Que tento lembrar de meus sonhos. Banho tomado, asseio mal-feito, beijo na vó; saio pra trabalhar. Cartão de ponto, celular, carteira, chave e mp3: estou pronto! De casa ao metrô chego sem perceber...aos tropeços. O inferno! Esse é o transporte na hora em que o relógio marca “trabalho”. Competição! Até para conseguir um lugar melhor na plataforma; ir sentado na viagem, então! Isso vale qualquer esbarrão! Fecham os olhos. Fingem tanto que acabam dormindo de verdade. Linha vermelha atravessada: desço e me dirijo à editora. No caminho, muitas vezes cruzo com um homem de terno. Digo, o mesmo homem, com o mesmo terno. Talvez seja ele a única pessoa em que reparo. Sou o maior exemplo da tal ilha ambulante nesses últimos dias. Posso olhar para qualquer ponto, mas só vejo a mesma coisa. Ouço músicas, mas nem as noto. Passo nove horas em frente ao computador. Na verdade, uma hora eu reservo pra almoçar, bem. Depois faço o mesmo caminho, agora voltando. Na volta não encontro o homem de terno. Chego em casa já um pouco exausto e muitas vezes faço pouca coisa antes de me entregar ao sono. Também ligo o computador e fico mais um pouco de tempo a sua frente, pra falar com minha linda. Esse é meu dia. Bom dia. Bom. Na minha invejável semana, nem sei se o homem de terno tem nome...ele passa. É mais um como eu. Talvez também pense se tenho nome. Aliás, no que será que ele pensa?



Meus olhos doem (31/01/07)